terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Black Swan"


Estou sem forças. A dor emocional começa a transformar-se em física, as pernas doem-me do cansaço, os pés não aguentam mais o meu corpo e a cabeça parece rebentar a qualquer momento.
Quero deitar-me e dormir em paz. Quero acordar e ter alguém ao meu lado, mas tu partiste e bateste com a porta... Bateste com a porta mas a tua sombra não te seguiu, ela ficou comigo naquele quarto... Ficou comigo e a fazer companhia ao meu silêncio.
Estou sem forças para o que quer que seja. Apenas sinto as asas a rasgarem-me as costas... Sinto dor, mas sei que não posso gritar, aprendi a ser silenciosa, precisamente porque não posso gritar, chorar ou soluçar...
Estou sem forças e tenho que suportar esta minha transformação em cisne negro "sozinha"... no meu silêncio... com a tua sombra...
Estou sem forças.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

I love Autumn!



Adeus... Foi assim que a brisa leve mas fria chegou para acariciar o meu rosto e fazer dançar o meu cabelo num ritmo capaz de esconder a minha expressão...
Adeus... Foi assim que o mar gritou, numa onda, a sua agitação e que o poderoso Sol levou a longitude dos dias para dar espaço à maravilhosa Lua...
Adeus... Será assim que as nuvens desfiadas de algodão cinzento, darão origem às gotas de chuva, que me irão escorrer pelo corpo frágil...
Adeus... E as folhas enchem os passeios de uma cor acastanhada e sem vida...
A sensibilidade aumenta, porque também o sentimento cresce. É nesta "altura" que se percebe como é bom ter alguém por perto, como é bom sentir o doce carinho atribuído num sorriso por mais pequeno que este seja...
E o tempo vai tendo um pequeno sabor a chocolate quente, que traz certas memórias!
Adeus... Disse ela, deitada na cama quente, ao ler aquilo de que se quer recordar...
Adeus e sê Bem-vindo!
Adeus... Porque o Verão acabou e finalmente... o Outono chegou!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Adormecer...



Só quero adormecer, aterrar na cama com os olhos bem fechados e asfixiar-me na almofada...
Tive há pouco uma sensação incrível, estava sentada na areia a olhar para o mar que à noite quase não se distingue do céu, apenas a lua reflectia uma pequena luz no mar negro que o fazia brilhar... E no embalar de um pensamento, na suavidade do momento, tudo o queria era adormecer...
Só quero adormecer e esquecer que este dia existiu!
Só quero adormecer, aterrar na cama com os olhos bem fechados e asfixiar-me na almofada, porque amanhã é outro dia... Há dias assim...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

It can't rain all the time!


Olho, páro, vejo... Não sou capaz de reagir. O pensamento rouba-me as palavras e coloca-me ao sabor do silêncio. Sinto que há algo que não acabei, sinto que as palavras deviam ser ditas mas não me atrevo a pronunciá-las. Talvez seja falta de coragem, talvez seja apenas o meu lado racional a comandar a minha mente.
Olho, páro e vejo a chuva... E o meu único medo, é deixar-me afogar em cada gota deste meu silêncio. Mas... não pode chover sempre!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Drop the world...



Se o mundo acabasse amanhã, não me importava. Não por me sentir mais uma estranha neste mundo desconhecido, mas pelo contrário... Se o mundo acabasse amanhã, não me importava. Não me importava porque já senti a força do vento acariciar o meu cabelo, não me importava porque já conheço a sensação de passear à beira-mar e sentir a água gelada tocar os meus pés, não me importava porque sinto que já conheço todos os aromas, não me importava porque já ouvi todas as explosões de som desta doce confusão...
Acima de tudo, não me importava porque já nenhum olhar me transmite aquela beleza de que existe "algo mais"... E não me digas tu, que o meu orgulho é capaz de destruir o mundo, não me digas tu que o meu orgulho prevalece sobre mim... Porque apesar de tudo és tu quem o meu mundo pede! É por ti que eu voltava a renascer se o mundo acabasse. Por isso vamos deixar cair o mundo, e construir outro mais acolhedor, onde tudo é feito como se fosse a primeira vez tal como tu me fazes sentir, porque ao teu lado tudo parece possível.
E na possibilidade do mundo acabar amanhã, temos o nosso..mais acolhedor, onde tudo é possível... E não me importo se o mundo acabar amanhã, porque tu me fazes sentir que tudo pode ser feito como se fosse a primeira vez, como o primeiro beijo entre duas inocentes crianças.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Futuristic Lover.


Hipnotizante... É assim que descrevo o que neste momento sinto. Hipnotizo-me quando te olho, acabas por conseguir convencer o meu ser "daquilo" que és... Sinto medo sobretudo porque acredito em ti, sinto medo porque fecho os olhos para não dar qualquer possibilidade de erros...
És igual a tudo o que já conheci no passado, és a parte do meu presente que me lembra o que fui, e isso eu não quero... Mas também não te vejo como humano, a tua presença deixa-me... "noutro Mundo". Podes ser um demónio, podes ser um anjo, embora eu te ache mais como um alien, pronto a raptar-me, a levar o meu corpo para junto de ti...
Não tenho receio que me leves, mas temo o que me possas fazer, temo até de certo de modo o que sinto! E quando te oiço tento manter-me longe da Terra, faço isso para não ouvir o que não quero, para não ouvir a tua meiga voz soltar cruéis palavras e... acabo por acreditar em ti, simplesmente porque para mim, as tuas palavras não produzem qualquer som...
Chegamos à Terra novamente, respiro bem devagarinho por me deixar ser "vítima" deste rapto, e contudo... Acabo por te beijar quando me soltas...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mu-dança! (Old way)


Sem mais pensar, não há mais tempo a perder, porque o tempo passa e a vida não corre..
Espero na ânsia de ser algo para alguém, alguém que ouve e sente sem julgar...
Percebo que as flores desabrochem embora não perceba o porquê das borboletas deixarem de voar!
Ponho a música que me faz fechar os olhos e sentir o pulsar do sangue nas veias, deixo que os meus cabelos flutuem com o vento sentindo a presença de algo... Uma pequena onda no mar rebelde que apaga o pensamento não dito... Uma mudança!
Sim, é verdade apenas muda quem quer, e eu?! Será que quero? Ou será que preciso? Não sei... às vezes o que preciso não é o que quero!
Não vou mais perder tempo a saborear lágrimas, não vou mais deixar tudo o que já construí... A mudança prometida há muito desenrola agora aos pouquinhos a luz de uma vida... A mudança que procura a dança, sem contar 8 tempos, essa dança que faz dos gestos movimentos, a dança que sinto quando os meus olhos se fecham!
Porém, tantas coisas que preciso de mudar e que insistem em manter-se, como o medo, esse predomina sempre em cada passo, a necessidade de expressar-me de alguma forma, o poder das asas que não tenho, procurando a distância entre aquilo que ser quer e aquilo que é real...
Algo nasceu sem permissão, algo nasceu dos erros, da falta de se atingir a perfeição na perfeição!
Sabes, a vida não anda para trás, ela insiste em correr, em estar sempre um passo à nossa frente... Mas também ela é incentivada por nós, qualquer brilho no olhar, um toque no rosto que limpa a lágrima profunda... Fazemos da vida aquilo que somos!
Agora mantenho-me aqui com a mudança daquilo que preciso... Apenas duas palavras Mu-Dança! ;)

domingo, 11 de abril de 2010

Should I... Jump?!


Alto, bem alto, grandeza infinita de um mundo idealizado que terminou.
Um sentimento explorado que junto do mar agitado, acabou por morrer, ao som do piar dos mochos naquela noite escura... E os corpos jaziam, flutuavam naquele mar, as suas bocas abertas como que a gritarem e os seus olhos que embora ja sem expressão apresentassem aqueles rostos de horror!
Aqueles corpos brancos e pálidos que me chamavam lentamente, que sussurravam devagarinho o meu nome e o vento agressivo que apesar de me empurrar fortemente, ao mesmo tempo me acariciava o cabelo... E os meus pés pregados numa rocha tornavam o meu corpo imóvel e as minhas mãos fechadas ansiavam por mais um movimento, enquanto eu olhava aqueles corpos que boiavam mortos naquela água de sangue, e desejava fazer-lhes companhia naquele sono que apesar de negro parecia mais belo do que algo que alguma vez vira! Belo? Porquê? Simplesmente porque via naquele mar uma solução para algo...
Cada vez mais aquele cheiro a morte me consumia, e aquelas vozes insistiam em chamar devagarinho o meu nome, senti um toque forte nas minhas costas que me empurrava da falésia, enquanto o sangue escorria pela minha cara até pingar no chão junto dos meus pés imóveis e num impulso a solução surgiu como um gesto certo... Terminará aqui? Deverei eu saltar?